Ji Yong faz sinal para irem para o carro. No caminho, vão conversando, como sempre, mas a conversa parece um pouco mais constrangedora dessa vez. O líder finalmente descobriu o que realmente sente, então está meio sem saber o que fazer. Eles conversam sobre tudo, Japão, turnê, jornalismo, Coréia, dança, tempo, música. Quando de repente, silêncio. Já falaram de tanta coisa que parece que não tem como puxar assunto. Nayami começa a mexer na pulseira. Ji Yong repara, pega a correntinha com o pingente e coloca em seu pescoço.
- Desculpe, mas não quero devolver. - diz ele meio sem jeito.
- Eu também não quero devolver a pulseira. - responde ela.
Eles ficam sorrindo sem jeito, ele toma coragem e pega na mão dela. Em minutos, chegam à sede, onde todos recebem Nayami com alegria.
Poucas horas depois de conversa, Nayami vai para casa de Sayaka com Sayuri, Seung Ri vai acompanhando-as. Ji chama Michi para uma conversa particular em uma sala.
- Pode falar Ji-oppa.
Ele pega nas mãos dela e olha em seus olhos, com um sorriso doce: - Preciso te dizer o que sinto por você.
- De novo não, oppa...- Michi tenta desviar.
- Você é minha irmã.
Ela o olha confusa: - Hãn?
- É o que sinto por você. Finalmente percebi, que o amor que eu achava que sentia por você, não era mais do que um amor muito forte de irmão.
Ela sorri: - É sério? Então você...e a Nayami...?
Ele cora sem jeito: - Eu realmente sinto algo especial por ela...
Ela o abraça: - Sabia! Vocês estão se dando tão bem!
Ele fica sem jeito, e sorri feito bobo.
- Estão namorando? - pergunta ela, muito feliz.
- Ainda não...- ele olha pro chão.
- Por que?
- Não sei...não acha muito cedo?...Quer dizer, eu acho que ela tamém sente algo por mim, mas não tenho certeza.
- O melhor jeito de descobrir é falando com ela. Mas eu já tenho certeza da resposta.
- Ela te disse algo?
- Nem precisou. - ela pega no pingente no pescoço dele - Ela te deu isso.
- É tão especial assim? - pergunta ele, olhando para o objeto.
- Mais do que você imagina. Se quiser saber a história, pergunte à ela! - ela dá uma piscada e sai da sala.
Ele sorri sem jeito, sai da sala e cochicha algo para Seung Hyun.
Os três chegam na casa e saem do carro.
- Pronto meninas, sãs e salvas. Não podia deixar duas moças indefesas virem sozinhas não é? - diz Ri, em tom convencido.
Sayuri ri: - Meu herói!
Eles começam a se beijar, Nayami entra na casa e nenhum dos dois percebe. Minutos depois, o panda pára, olha fixamente nos olhos de sua namorada:
- Aquele tal de Koji ainda tá no Japão né? - pergunta ele, preocupado.
- Está sim. E pare de se preocupar com isso. Ele não vai fazer mais nada. E se fizer, tenho o meu cavaleiro de armadura pra me defender! - responde ela, enchendo o baby de beijos.
Em meia hora, Ri se despede:
- Desculpa..temos que levantar cedo amanhã.
- Verdade...então nos vemos amanhã....bem cedo!
- Claro!
Se despedem com um beijo demorado. Ela entra em casa e ele vai embora, mais feliz do que nunca.
Michi se despede de todos e vai até a porta principal, mas é abordada pelo Big Boy que vem correndo:
- Michi! Posso te acompanhar?
Ela sorri sem jeito: - Claro!
- Vamos no meu carro....- ele sorri.
- Tudo bem! - concorda ela.
Ambos entram no carro e vão embora, no caminho, conversam bastante. Ao chegar na porta da casa de Sayaka, Michi hesita em descer do carro. Seung Hyun fica meio sem jeito, quando ela decide descer, ele a segura pela mão:
- Espera mais um pouco....
Ela sorri sem jeito novamente: - Tá bom...
Ele fica apenas acariciando sua mão por um minuto.
- O Ji Yong me contou que vocês conversaram.... - diz ele brincando com seus dedos.
- Sim..ele me deu uma ótima notícia. - responde ela.
Ele segura a mão dela com a mão esquerda, e com a direita, começa a acariciar seus cabelos, depois passa para seu rosto.
- Você não me deixava fazer isso..
O coração de Michi está disparado, ela apenas sorri meio corada. O Big boy continua, agora acaricia seus lábios:
- Sua boca é tão linda...
Ele se aproxima rapidamente, fica há poucos milímetros de distância, ela não faz nada, apenas sente sua respiração por uns segundos. Eis que ela fecha os olhos e encosta seus lábios nos dele, e ele completa o beijo.
- Finalmente posso sentir sua boca! - pensa ele.
Ela não pensa, apenas aproveita o momento que ela esperava há tempos, mas não tinha coragem para concretizar.
Sayuri, Nayami e Sayaka estão olhando tudo pela janela.
- Até que enfim!! Achei que ela nunca ia ceder. - diz Sayuri surpresa e feliz.
- Ela sempre foi apaixonada por ele. Uma hora ia ceder... - conclui Nayami.
- Que lindo!!! - diz Sayaka, com os olhos brilhando.
- Vocês aí!! Não sei o que acontece lá fora, mas seria bom vocês darem privacidade! - diz Suk Hyo, marido de Sayaka, sentado no sofá lendo jornal.
- Eu sei querido, mas é uma linda cena. - diz Sayaka, fechando a janela, mas deixa uma fresta.
Longos minutos depois, o beijo acaba. Ambos sorriem felizes.
- Finalmente você cedeu....- diz ele meio bobo.
- Desculpe por isso...- ela está sem jeito.
- Não se desculpe...você tinha seus motivos...
Ela sorri, e o beija.
- Posso dizer ao mundo que estamos namorando? - pergunta ele.
- Ainda não....quero ter certeza de que o Ji-oppa está bem, antes.
Ele fica meio desapontado: - Entendo...
Ela puxa carinhosamente o rosto dele para perto do seu: - Isso não quer dizer que não estamos namorando.
Ele dá um grande sorriso feliz e a beija.
As três ainda estão espiando pela fresta. Suk Hyo se levanta e fecha a janela, olhando-as com desaprovação.
No dia seguinte, à tarde, Nayami aparece na sede, Ji Yong não vê mais nada. Vai até ela e começa a conversar:
- Me conta...esse colar...quem te deu? - pergunta ele meio curioso, segurando o pingente.
Ela sorri: - Minha mãe. Antes de morrer. Minha avó deu para ela quando era nova.
Ele fica sem jeito: - Meus pêsames...desculpa ter perguntado...deve querer ele de volta, né?
- Tudo bem. Dei ele pra você. Ele é seu, pra se lembrar de mim.
- Como se eu pudesse te esquecer. - diz ele sorrindo corado.